Por isso
foram criados os Pactos aprovados pela Assembleia Geral da ONU em 1966, que
detalham os direitos humanos e criam instrumentos de proteção
(i) Pacto
Internacional sobre Direitos Civil e Políticos
(ii) Pacto
Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais
Os Pactos
criaram:
- mecanismos de monitoramento dos direitos humanos,
tais como os relatórios temáticos (ou reports) nos quais os Estados
relatam à ONU a implementação dos DH internamente.
PIDCP
O PIDCP - Pacto de Direitos Civis e Políticos de 1966:
- O que assegura proteger os direitos estabelecidos no
DUDH, previstos nos:
- Art. 3 À vida, à liberdade e à segurança pessoal
- Art. 4 Vedada a escravidão ou servidão
- Art. 5 Vedação à tortura, tratamento desumano,
cruel ou degradante.
- Art. 6 e 7 A lei deve reconhecer todos os
indivíduos como pessoas. Todos são iguais perante a lei, sem distinção
de qualquer natureza
- Art. 8 Receber dos tribunais nacionais competentes
igual proteção da lei, sem qualquer discriminação que viole a DUDH
- Art. 9 Ninguém será arbitrariamente preso, detido
ou exilado
- Art. 10 Audiência justa e pública, por parte de um
tribunal independente e imparcial (princípio do juiz natural)
- Art. 11 Presunção de inocência e irretroatividade
da lei penal mais gravosa
- Art. 12 Preservação da vida privada, do lar, da
correspondência. Proteção à honra e reputação
- Art. 13 Liberdade de locomoção e residência dentro
do Estado. Direito de deixar qualquer país, inclusive o próprio e a ele
regressar
- Art. 14 Pedir asilo
- Art. 15 Ter nacionalidade e poder mudar de
nacionalidade
- Art. 16 Direito de contrair matrimônio, fundar
família. Iguais direitos em relação ao casamento e sua dissolução. A
validade do casamento depende do livre consentimento dos nubentes
- Art. 17 Propriedade e a não ser privado
arbitrariamente desta
- Art. 18 Liberdade de pensamento, consciência e
religião
- Art. 19 Liberdade de opinião e expressão
- Art. 20 Liberdade de associação para fins
pacíficos
- Art. 21 Fazer parte da escolha do governo, sufrágio
universal e igualdade de direito de acesso ao serviço público de seu
país
- Criou o Comitê de Direitos Humanos CDH
- Composto por 18 peritos de nacionalidades
distintas, eleitos pelos Estados-membros deste Pacto (art. 28)
- O primeiro instrumento de supervisão e monitoramento
são:
· os
relatórios sobre a implementação dos DH.
Os Estados
devem submeter um relatório sobre as medidas implementadas no prazo de:
· 1
(um) ano
A partir
desse primeiro relatório, os Estados enviarão o relatório conforme o Comitê
solicitar (o
que ocorre, em geral, de 4 em 4 anos).
Os relatórios
são encaminhados pelos Estados-membros do Pacto ao:
Secretário-Geral da ONU, que os encaminha ao Comitê de Direitos Humanos. (art. 40)
Secretário-Geral da ONU, que os encaminha ao Comitê de Direitos Humanos. (art. 40)
Além desse
papel de SUPERVISÃO, o Comitê de Direitos Humanos (CDH) tem duas outras atribuições
importantes em relação aos Estados-membros do Pacto:
- Uma de NATUREZA CONCILIATÓRIA (entre Estados membros)
- O CDH só receberá a denúncia interestatal se o Estado sobre o qual versa a denúncia, reconhecer, em relação a si próprio, a competência do CDH para realizar a conciliação. Do contrário o CDH não receberá comunicação alguma relativa a um Estado Parte que não houver feito declaração dessa natureza.
- Outra de NATUREZA INVESTIGATÓRIA (petições individuais)
Essa
segunda atribuição (petições individuais) NÃO está no Pacto, está no Protocolo Facultativo.
os Requisitos para se utilizar o mecanismo de petições individuais:
- Inexistência de litispendência Internacional
- Esgotamento dos recursos internos
A Decisão do
CDH poderá RECOMENDAR soluções específicas para as violações do PIDCP, tais
como:
· Pagamento
de uma compensação
· Detenção
ou soltura de uma pessoa
· Alteração
das leis internas
O Brasil faz
parte do segundo PIDCP, que aboliu a pena de morte.
PIDESC
O PIDESC - Pacto de Direitos Econômicos, Sociais e
Culturais de 1966:
- O que assegura proteger os direitos estabelecidos no
DUDH, previstos nos artigos 22 ao 28.
- Art. 22 Segurança social . Os direitos econômicos
,sociais e culturais são considerados indispensáveis ao livre
desenvolvimento da personalidade
- Art. 23 Trabalho, proteção ao desemprego, e
organizar-se em sindicatos. Remuneração justa, satisfatória e sem
qualquer distinção: todo ser humano tem direito a igual remuneração por
igual trabalho. (Direito de Greve – Art. 8.1.d – PIDESC)
- Art. 24 Repouso e lazer. Limitação razoável das
horas de trabalho. Férias periódicas e remuneradas.
- Art. 25 Padrão de vida capaz de assegurar a si e
sua família saúde e bem estar. A maternidade e a infância têm direito a
assistência especial. Crianças nascidas dentro ou fora do matrimônio
gozarão da mesma proteção social
- Art. 26 Educação. A educação elementar deve ser
obrigatória e gratuita.
- Art. 27 Participar da vida cultural. Proteção da
propriedade intelectual
- Art. 28 Toda a pessoa tem direito a que reine, no
plano social e no plano internacional, uma ordem capaz de tornar
plenamente efetivos os direitos e as liberdades enunciadas na presente
Declaração.
- Criou o Conselho Econômico e Social (CES)
- Composto por 54 membros, eleitos pela Assembleia Geral da ONU por
períodos de três anos
- O Único instrumento de supervisão e monitoramento são:
· os
relatórios sobre a implementação dos DH.
· NOTA: Apesar
da Existência do Protocolo Facultativo do PIDESC, permitindo as mesmas benesses
do mecanismo da petição individual, o Brasil não o assinou, permanecendo
assim uma lacuna no procedimento da judicialidade do Pacto.
Os Estados
devem submeter um relatório sobre as medidas implementadas no prazo de:
· 1
(um) ano
Os relatórios
são encaminhados pelos Estados-membros do Pacto ao:
Secretário-Geral
da ONU, que os encaminha ao
Conselho Econômico Social
O
CES criou um Comitê para apreciar os relatórios.
O PIDCP - Pacto de Direitos Civis e Políticos de 1966,
foi criado para dar juridicidade aos direitos elencados na DUDH em especial aos
previstos nos artigos 3 a 21. Pelo Pacto PIDCP, foi criado o CDH, Comitê de
Direitos Humanos, composto por 18 peritos de nacionalidades distintas eleitos
pelos Estados Membros integrantes do Pacto. O primeiro instrumento de
supervisão e monitoramento que os Estados membros devem apresentar ao CDH, no
prazo de 1 ano, é o Relatório de implementação dos DH. A partir desse primeiro
relatório os Estados deverão encaminhar novo relatório quando o Comitê requisitar
o que ocorre geralmente de 4 em 4 anos. Tais relatórios são encaminhados ao
Secretário Geral da ONU que os encaminha ao CDH. Além desse papel de supervisão,
o CDH possui outras duas importantes atribuições: Uma de Natureza Conciliatória
e outra de Natureza Investigatória. O CDH só receberá a denúncia interestatal
se o Estado sobre qual versa a denúncia, reconhecer, em relação a si próprio, a
competência do CDH para realizar a conciliação. Caso o Estado não tenha feito
declaração dessa natureza o CDH não receberá a comunicação. A atribuição de
natureza investigatória não está prevista no Pacto mas sim no Protocolo
Facultativo cujo mecanismo se dá por petições individuais cujo requisitos para
interposição são: Não haver litispendência internacional e que todos os
remédios e recursos internos tenham sido esgotados.
O PIDESC - Pacto de Direitos Econômicos e Sociais de 1966,
foi criado para dar juridicidade aos direitos elencados na DUDH em especial aos
previstos nos artigos 22 a 28. Pelo Pacto PIDESC, foi criado o CES, Conselho Econômico
e Social, tem 54 membros,
eleitos pela Assembleia Geral por períodos de três anos. O Único instrumento de
supervisão e monitoramento que os Estados membros devem apresentar ao CES, no
prazo de 1 ano, é o Relatório de implementação dos DH Tais relatórios são
encaminhados ao Secretário Geral da ONU que os encaminha ao CES. Apesar da
Existência do Protocolo Facultativo do PIDESC aprovado pela ONU em 10 de
dezembro de 2008, permitindo a possibilidade de comunicações a partir das
petições individuais em casos de violações dos direitos contidos no PIDESC, o
Brasil não o assinou, permanecendo assim uma lacuna no procedimento da
judicialidade do Pacto.
É o único órgão da ONU que tem poder decisório, ou seja são vinculantes.
ORGANIZAÇÃO
DAS NAÇÕES UNIDAS
- A Organização das Nações Unidas (ONU) é a mais importante organização internacional (OI) da atualidade, uma vez que possui diversos campos de atuação.
- É classificada como uma Organização Internacional de atuação geral e de âmbito global (universal).
- Os principais OBJETIVOS da ONU são:
- a manutenção da paz e da segurança internacionais
- Foi criada pela Carta da ONU, ratificada pela
- China,
- EUA,
- França,
- Reino Unido e
- União Soviética e pela maioria dos membros.
- São 51 Estados-membros originários (fundadores), entre eles está o Brasil. Atualmente a ONU possui 193 Estados-membros
Artigo
1. Os propósitos das Nações unidas são:
1.
Manter a paz e a segurança internacionais
2.
Desenvolver relações amistosas entre as nações, baseadas no respeito ao
princípio de igualdade de direitos e de autodeterminação dos povos,
3.
Conseguir uma cooperação internacional e
4.
Ser um centro destinado a harmonizar a ação das nações para a consecução desses
objetivos comuns
Artigo
2. A Organização e seus Membros, para a realização dos propósitos mencionados
no Artigo 1, agirão de acordo com os seguintes Princípios:
1.no
princípio da igualdade
2.
Todos os Membros, deverão cumprir de boa fé as obrigações por eles assumidas
3.
Todos os Membros deverão resolver suas controvérsias internacionais por meios
pacíficos
4.
Todos os Membros deverão evitar em suas relações internacionais a ameaça ou o
uso da força
5.
Todos os Membros darão às Nações toda assistência em qualquer ação a que elas
recorrerem de acordo com a presente Carta e se absterão de dar auxílio a qual
Estado contra o qual as Nações Unidas agirem de modo preventivo ou coercitivo.
6.
A Organização fará com que os Estados que não são Membros das Nações Unidas
ajam de acordo com esses Princípios em tudo quanto for necessário à manutenção
da paz e da segurança internacionais.
7.
Nenhum dispositivo da presente Carta autorizará as Nações Unidas a intervirem
em assuntos que dependam essencialmente da jurisdição de qualquer Estado ou
obrigará os Membros a submeterem tais assuntos a uma solução, nos termos da
presente Carta; este princípio, porém, não prejudicará a aplicação das medidas
coercitivas constantes do Capitulo VII
ÓRGÃOS DA CARTA DA ONU
ASSEMBLÉIA
GERAL
- É composta por até 5 representantes de cada um dos 193 Estados-membros.
- É uma instância de debates e discussões e aberta à manifestação, inclusive, de quem não é Estado-membro
- Aprecia e aprova o orçamento da Organização
- Enquanto o Conselho de Segurança estiver exercendo em relação a qualquer controvérsia a AG não poderá fazer nenhuma recomendação a respeito dessa controvérsia ou situação, a menos que o Conselho de Segurança a solicite.
- Cada membro da AG tem direito a um voto.
- As decisões sobre questões mais importantes são tomadas por 2/3
- Demais assuntos menos importantes são tomados por maioria simples
- O membro da ONU inadimplente no pagamento da contribuição não terá voto na AG se o total das contribuições atrasadas for igual ou maior que a soma de dois anos de contribuições.
- O membro da ONU que provar que a falta de pagamento é devida à condições independentes de sua vontade, a AG poderá permitir que tal membro vote.
CONSELHO
DE SEGURANÇA
Composto
por 15 membros, sendo 5 permanentes e 10 com mandato temporário de 2 anos não consecutivos.
Os
5 membros permanentes e com poder de veto são:
- China,
- Estados Unidos da América,
- França,
- Reino Unido
- e Rússia.
Os
demais 10 membros não permanentes são eleitos pela AG e têm mandato de 2 anos
não consecutivos.
É o único órgão da ONU que tem poder decisório, ou seja são vinculantes.
Cada
membro do CS tem direito a um voto.
O
quórum para aprovação nas votações do CS é de 9 (nove) membros, incluindo os 5 (cinco) votos
dos membros permanentes.
Se apenas um dos membros permanentes do CS votar
contra a Resolução, ela não será aprovada.
Suas
principais funções e atribuições são:
- Manter a paz e a segurança internacional;
- Determinar a criação, continuação e encerramento das Missões de Paz
- Investigar toda situação que possa vir a se transformar em um conflito internacional;
- O Conselho de Segurança convidará as partes envolvidas numa controvérsia que possa ameaçar a paz ou a segurança internacionais para compor na forma do art. 33 da Carta da ONU
CONSELHO
ECONOMICO SOCIAL
O
Conselho Econômico e Social (CES) tem como objetivo principal:
- Criar condições de estabilidade e bem-estar necessárias às relações pacíficas e amistosas entre as Nações, baseadas no respeito ao princípio da igualdade de direitos e da autodeterminação dos povos.
Tem
54 membros eleitos pela AG para um mandato de 3 (três) anos, sendo possível a
reeleição.
Cada
membro terá direito a um voto e as decisões são tomadas pela maioria dos
presentes e votantes – maioria simples.
Atua
nas áreas econômica, social, cultural, educacional, de saúde e outros temas
conexos, tais como a promoção do respeito aos direitos humanos e das liberdades
fundamentais.
Pode
preparar projetos de convenções sobre os temas de sua competência a serem
submetidos para a AG
CONSELHO
DE TUTELA
O
Conselho de Tutela (CT) Destinava-se a verificar a relação entre os Estados
administrantes e suas colônias.
As
principais metas desse regime de tutela consistiam em promover o progresso dos
habitantes dos territórios e desenvolver condições para a progressiva
independência e estabelecimento de um governo próprio.
Teve
a atividade suspensa em 1 de novembro de 1994 e foi completamente desativado em
1997, 3 anos após a independência de Palau.
Atuação
relacionada ao Princípio da Autodeterminação dos Povos
CORTE
INTERNACIONAL DE JUSTIÇA
É
composta por 15 juízes de diferentes nacionalidades, que são eleitos pela
Assembleia Geral e pelo Conselho de Segurança.
Os
15 membros da CIJ serão eleitos por 9 anos e podem ser reeleitos
No
caso de renúncia de um membro da CIJ, o pedido de demissão deverá ser dirigido
ao Presidente da Corte, que o transmitirá ao Secretário-Geral
O
membro da Corte continua no desempenho de sua função até que sua vaga seja
preenchida e, ainda depois de substituídos, deverão terminar qualquer questão
cujo estudo tenha começado. (art. 13 ECIJ)
O
membro eleito na vaga de outro que não terminou o mandato irá completar o
mandato de seu predecessor. (art. 15 ECIJ)
A
CIJ pode apreciar todas as questões que as partes lhe submetam, bem como todos
os assuntos especialmente previstos na Carta da ONU ou em tratados e convenções
em vigor. (art. 36 ECIJ)
A
CIJ possui competência consultiva (ou opinativa) e contenciosa (ou litigiosa)
Competência
contenciosa: A competência contenciosa da CIJ está aberta somente para Estados.
Indivíduos, ONGs e empresas não podem acionar a CIJ. (art. 34 ECIJ)
Competência
consultiva: A Assembleia Geral e o Conselho de Segurança podem pedir pareceres.
Excepcionalmente outros órgão e agências especializadas da ONU poderão pedir
pareceres, desde que sejam previamente autorizados para tal pela Assembleia
Geral. (art. 96 da Carta da ONU + art. 65 ECIJ)
Todos
os membros das Nações Unidas são partes do ECIJ (art. 93 da Carta da ONU)
Um
Estado que não seja membro da ONU pode ser tornar parte do ECIJ, de acordo com
as condições estabelecidas pela AG, mediante recomendação do CS (art. 93 Carta
da ONU)
A
“Cláusula Facultativa de Jurisdição Obrigatória”, ou “Cláusula Raúl Fernandes”
– art. 36 (2) do ECIJ: os Estados Parte do ECIJ podem reconhecer a
obrigatoriedade da jurisdição da CIJ para dirimir as controvérsias listadas.
Os
Estados membros da ONU se comprometem a conformarem-se com as decisões
proferidas pela CIJ. Se não o fizerem espontaneamente, o Conselho de Segurança
pode adotar as medidas pertinentes para dar cumprimento à decisão proferida, se
assim julgar necessário.
SECRETARIADO
O
Secretariado da ONU desempenha a importante função de ser depositário de todos
os tratados internacionais celebrados.
Nenhuma
parte poderá invocar tratado ou acordo internacional dos quais seja parte se os
mesmos não forem registrados e publicados pelo secretariado.
ORGANIZAÇÃO DOS
ESTADOS AMERICANOS - OEA
ASSEMBLEIA GERAL
- É o órgão supremo da OEA
- Se reúne em sessões ordinárias uma vez por ano
- As sessões ordinárias realizam-se, em geral, em um país diferente a cada ano, se nenhum país se oferecer para ser sede, a reunião acontecerá em Washington.
- Todos os Estados membros participam da AG e têm direito a um voto
- Regra de votação: maioria absoluta. Exceção: 2/3 para decisões mais relevantes, tais como admissão de um membro ou aplicação de suspensão
REUNIÃO DE CONSULTA
AOS MINISTROS DE RELAÇÕES EXTERIORES
CONSELHO PERMANENTE
- A sede é em Washington.
- Cada delegação é chefiada por um Embaixador ali residente.
- A presidência é rotativa: a cada 3 meses um Estado preside o Conselho, em ordem alfabética do nome do país (em língua espanhola).
- Tem como funções: convocar sessões, propor a ordem do dia e representar o CP em atividades protocolares.
- O Secretário do Conselho Permanente é o Secretário-Geral Adjunto da OEA
CONSELHO
INTERAMERICANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRAL
COMISSÃO JURÍDICA
INTERAMERICANA
- A Comissão Jurídica Interamericana está sediada no Rio de Janeiro.
- Funciona como corpo consultivo da OEA para assuntos jurídicos
- Deve realizar estudos e trabalhos preparatórios quando assim determinado pelos demais órgãos ou por iniciativa própria.
- É composta por 11 juristas, de nacionalidades distintas, representantes dos Estados membros, eleitos pela AG para um período de 4 anos.
COMISSÃO INTERAMERICANA
DE DIREITOS HUMANOS
- É importante ressaltar que os direitos Econômicos, sociais e culturais, não estão expressos na CADH de forma específica. Essa lacuna foi preenchida com a elaboração do PROTOCOLO ADICIONAL À CADH (Protocolo de São Salvador)
- Dos 35 Estados membros da OEA, apenas 25 fazem parte da CADH.
- A ComIDH, é simultaneamente órgão da Carta da OEA e da CADH
- Uma das principais funções da ComIDH é a competência para receber petições de indivíduos (individualmente ou em grupo) e ONGs com denúncias relativas à violações de direitos humanos.
Composição
da ComIDH.
Os
Estados indicam até 3 candidatos, que deverão ser pessoas de alta autoridade
moral e de reconhecido saber em matéria de direitos humanos.
Entre
todos os indicados serão escolhidos 7 membros pela Assembleia Geral da OEA.
O
mandato é de 4 anos e só é possível uma reeleição.
Não
é possível que mais de um membro seja da mesma nacionalidade
São requisitos para
que uma petição de indivíduo, grupo de indivíduos ou ONG seja admitida na
ComIDH:
(a)
prévio esgotamento dos recursos internos,
(b)
prazo de 6 meses a partir da data em que haja notificação da decisão
definitiva;
(c)
a matéria não esteja pendente de outro processo de solução internacional e
(d)
a petição contenha o nome, a nacionalidade, a profissão, o domicílio e a
assinatura da pessoa ou pessoas ou do representante legal da entidade que
submeter a petição.
CORTE INTERAMERICANA
DE DIREITOS HUMANOS
- A CorIDH – Corte Interamericana de Direitos Humanos, não faz parte da Carta da OEA e está prevista apenas na CADH (Pacto de São José da Costa Rica), isso significa que apenas os Estados que fazem parte da CADH podem acionar a Corte desde que reconheçam expressamente a jurisdição contenciosa desta.
- A Corte NÃO pertence à OEA: (é órgão da CADH)
- É composta de 7 juízes com mandato de 6 anos, que só poderão ser reeleitos uma única vez.
- Os juízes são indicados de uma lista de candidatos propostos por quem é parte do Pacto e são eleitos em votação secreta e pelo voto da maioria absoluta desses Estados.
- As votações acontecem na Assembleia Geral da OEA, mas só os Estados que são parte do Pacto de São José indicam juízes e votam.
- O quórum de deliberação da Corte são 5 juízes
- A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (ComIDH) atuará ou como parte ou como custus legis
- ATENÇÃO: APENAS ESTADOS-PARTE DO PACTO DE SÃO JOSÉ QUE EXPRESSAMENTE CONCORDARAM EM ACEITAR A JURISDIÇÃO CONTENCIOSA DA CORTE E A COMISSÃO INTERAMERICANA DE DH PODEM USAR A COMPETÊNCIA LITIGIOSA DA CORTE.
- Portanto, para que indivíduos acessem a Corte:
- (i) o Estado deve aceitar a jurisdição da CorIDH e
- (ii) existência de prévia admissibilidade da demanda na Comissão Interamericana de DH.
- As decisões da Corte são definitivas e inapeláveis.
- A Corte monitora o cumprimento da decisão por parte dos Estados.
- O Brasil ratificou o Pacto de São José em 1992 e aceitou a competência contenciosa da Corte Interamericana de DH
SECRETARIA GERAL
NÃO é um órgão
Intergovernamental
ORGANISMOS
ESPECIALIZADOS
São
todos os organismos intergovernamentais estabelecidos por acordos multilaterai
Gozam
de ampla autonomia técnica, mas devem levar em conta as recomendações da AG e
do Conselho
Devem
apresentar anualmente relatórios das atividades desenvolvidas à AG, bem como
informá-la sobre seus orçamentos e contas anuais
São
Organismos Especializados da OEA:
- Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS, 1902),
- Instituto Interamericano da Criança (1927),
- Comissão Interamericana de Mulheres (CIM, 1928),
- Instituto Pan-Americano de Geografia e História (IPGH, 1928) e
- Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (1942)
MERCOSUL
Todos
os órgãos são INTERGOVERNAMENTAIS.
Celebrado
entre Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. São
7 órgãos:
CONSELHO DO MERCADO
COMUM (CMC),
Órgão
superior do Mercosul ,
Composição:
Ministros das Relações Exteriores + Ministros da Economia
A
presidência do CMC é rotativa, com duração de 6 meses e alternância em ordem
alfabética
Reuniões
a cada 6 meses com a presença os Presidentes dos Estados partes
Se
manifesta por Decisões
GRUPO DO MERCADO
COMUM (GMC),
É
o órgão executivo do Mercosul
Composição:
5 membros titulares e 5 membros alternos por país.
Deve
figurar representantes do Ministério das Relações Exteriores, do Ministério da
Economia e do Banco Central.
O
GMC é coordenado pelos Ministérios das Relações Exteriores.
Reuniões
ordinárias acontecem a cada 3 meses
Manifesta-se
através de Resoluções,
COMISSÃO DE COMÉRCIO
DO MERCOSUL (CCM),
Encarregada
de auxiliar o Grupo Mercado Comum (GMC).
Deve
velar pela aplicação dos instrumentos de política comercial estabelecidos pelos
os Estados para o funcionamento da união aduaneira.
Também
pode supervisionar e revisar a política comercial intra-Mercosul ou com
terceiros países.
Composição:
4 membros titulares + 4 alternos de cada Estado-parte.
Coordenada
pelos Ministérios das Relações Exteriores de cada país membro.
Manifesta-se
através de Diretrizes ou Propostas.
FORO CONSULTIVO ECONÔMICO-SOCIAL
(FCES) ,
Órgão
que representa os setores econômicos e sociais.
Possui
igual número de representantes por Estado-membro
Exerce
um papel consultivo manifesta-se mediante Recomendações ao GMC
Pode
propor normas, realizar estudos e avaliar o impacto social e econômico das
políticas de integração.
Manifesta-se
mediante Recomendações
PARLAMENTO DO
MERCOSUL (PARLASUL),
Principais
funções: (i) auxiliar a harmonização de normas entre Estados membros e (ii)
propor projetos de normas ao Conselho Mercado Comum (CMC).
Apesar
do nome “Parlamento do Mercosul”, NÃO tem competência nem para legislar, nem
para fiscalizar.
A
competência exercida pelo Parlasul é consultiva e busca trazer representação da
sociedade civil.
SECRETARIA DO
MERCOSUL (SM)
Trata-se
de órgão de apoio operacional, que presta serviços aos demais órgãos do
Mercosul com sede permanente em Montevidéu, Uruguai
A
Secretaria do Mercosul está a cargo de um Diretor, com mandato de 2 anos,
vedada a reeleição
O
Diretor será eleito pelo Grupo Mercado Comum e designado pelo Conselho do
Mercado Comum
TRIBUNAL PERMANENTE
DE REVISÃO (TPR).
O
TPR possui 5 árbitros. Cada Estado-parte do Mercosul designará 1 árbitro e seu
suplente pelo período de 2 anos, renováveis por mais dois períodos
consecutivos.
O
TPR poderá confirmar, modificar ou revogar a fundamentação jurídica e as
decisões do TAH
Se
as negociações diretas forem infrutíferas, os Estados em litígio podem submeter
a controvérsia diretamente para um dessas duas instâncias: o TAH ou o TPR.
A
escolha é facultativa. A diferença é que, se a controvérsia for submetida ao
TAH, o TPR poderá funcionar como instância de revisão.
Se
o litígio for submetido direto no TPR, a decisão por este proferida será
definitiva.
Cada
Estado-parte do Mercosul indicará 12 árbitros, que integrarão uma lista que
ficará registrada na Secretaria do Mercosul (art. 11 do PO)
Cada
Estado-parte ainda indicará 4 candidatos a compor a lista de terceiros
árbitros.
Estes
terceiros árbitros não podem ser da nacionalidade de nenhum dos Estados-Parte
do Mercosul
As
partes na controvérsia poderão acordar em submeter-se diretamente ao TPR, em
única instância. Nestas condições, os laudos do TPR serão obrigatórios aos
Estados-Partes e não estarão sujeitos a recurso de revisão. (art. 23 do PO)
Se
o TPR for acessado como instância única, a ele se aplicarão as disposições
referentes ao funcionamento dos TAHs
O
TPR também pode apreciar e conceder medidas excepcionais e de urgência em que
se possam causar danos irreparáveis às partes
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